Uma das mais famosas séries de televisão dos anos 60 tem como temática central a injustiça. Imaginem como fica a vida de um médico ao ser acusado injustamente de ter assassinado a esposa!Julgado e condenado, embarca num trem, algemado a um tenente de polícia, para ser finalmente executado. Durante o percurso, o destino apronta uma das suas: o trem sai dos trilhos e o acidente o livra das algemas. Ao fugir, tem a chance de provar sua inocência, procurando aquele que julga ser o verdadeiro criminoso: o homem que vira fugir de sua casa na noite do assassinato!Mas contra ele está toda a polícia e, em especial, o tenente responsável pela sua captura, cuja obsessão se faz presente ao não aceitar o fato de que o suposto assassino teria escapado por entre seus dedos na noite do acidente Ferroviário.O Fugitivo conseguiu atingir incríveis marcas na audiência, ficando no ar por quatro anos nos EUA, entre 1963 e 1967.

Durante os anos que se seguiram após a conclusão da série, a Warner Bros. achou por bem adquirir os direitos da Quinn Martin Productions. Roy Huggins fora então chamado para escrever uma trama cinematográfica a respeito e, em 1993, sob direção de Andrew Davis, coube ao ator Harrison Ford viver Richard Kimble no cinema em "O Fugitivo". Ao seu lado, no papel do Tenente Gerard, o competente Tommy Lee Jones. E o resultado foi surpreendentemente positivo, ao contrário do que costuma acontecer com adaptações de antigas séries de tevê para o cinema. A trama original foi respeitada, embora a ênfase tenha sido dada para a ação (na série, os dramas individuais prevalecem).

No ano 2000, o setor televisivo americano voltou a manifestar interesse na trama, a ponto de produzir uma nova série. Desta vez, com o ator Tim Daly no papel de Richard Kimble e Mykelti Williamson como o Tenente Gerard. A trama foi basicamente a mesma, só que desta vez a polícia contou com modernos recursos de rastreamento como a Internet e demais itens de segurança.

Mas o sucesso não foi o mesmo, apesar de ter sido produzida pela Warner Bros. e ter Roy Huggins na produção executiva. O piloto foi levado ao ar em 10 de junho de 2000. A nova série estreou na rede CBS em 13 de outubro do mesmo ano e ficou no ar até 25 de maio de 2001, com apenas 22 episódios produzidos.

Curiosidade: 

- esta foi uma das primeiras séries (que eu assisti), que exibiu o ultimo capitulo (as séries normalmente acabavam do nada ou eram canceladas). 

- Quinn Martin introduziu um narrador, que por vezes dá à série aspectos de documentário. Essa narração ficou a cargo de William Conrad, que nos anos 70 seria o ator principal da série de tevê Cannon (também produzida por Martin).

- Outro fator de formatação adotado foi a divisão de cada episódio em atos e epílogo. Assim, tínhamos o Act I, Act II, Act III, Act IV e Epilog. Isso organizou cada episódio, não misturando cenas da série com a entrada de comerciais. Técnica semelhante foi utilizada posteriormente na série de tevê O Agente da UNCLE (1964/68), embora ela nunca tenha tido a partição final (Epilog).