Um filme que merecia ser destruído antes de ter sido lançado...
Com base nas teorias catastróficas que foram amplamente divulgadas ao longo de 2011 e 2012, este filme é, na sua essência, a representação do fim do Mundo. Dirigido e escrito por Roland Emmerich, o filme tem um elenco liderado por John Cusack, Beatrice Rosen, Zlatko Buric, Amanda Peet, Thandie Newton e Chiwetel Ejiofor.
Todos aqueles que já conhecem o trabalho deste director sabem o prazer que sente ao destruir o nosso planeta. Ele fez isso em "Dia da Independência", "O Dia Depois de Amanhã" e "Godzilla". Então, acho que ele não conseguiu resistir à tentação de deixar passar esta oportunidade de destruir tudo novamente. Mas acho que ele não tentará fazê-lo tão cedo pois quase destruiu a própria carreira: o filme é tão incoerente, inconsistente e exagerado que se limita, basicamente, a duas horas de destruição em massa e abuso de efeitos especiais.
Eu gostava de dizer que o roteiro é uma porcaria, mas a verdade é que virtualmente não há roteiro. Este filme não tem nenhuma história para nos contar, limitando-se a alinhavar um fio condutor (as tentativas de um pai salvar a si mesmo e aos seus familiares da morte certa) que nos permita ver a destruição de tudo e a tentativa governamental de, pelo menos, salvar alguns ricaços com dinheiro suficiente para repovoar o mundo depois. Por isso, se você achar que as personagens são vazias como cartão canelado, você tem alguma razão porque elas não chegaram a ser verdadeiramente elaboradas. Sabemos muito pouco sobre todos eles, apenas o bastante para os vermos atirados para a confusão. Alguns morrem, outros safam-se por uma unha negra (o velho cliché deste tipo de filme repetido uma, e outra, e outra vez), o que acaba por ser absurdo. É a ausência total de credibilidade e realismo. Quanto aos actores, o que podemos dizer é que geralmente são maus, não estão interessados em interpretar bem e têm personagens medíocres.
Há alguma coisa boa neste filme? Sim. Apesar do desastre de filme, ele dá-nos uma grande quantidade de acção num espaço curto de tempo, cenas de destruição absolutamente deslumbrantes e a maior quantidade de efeitos especiais e CGI por segundo que você possa imaginar. Emmerich nem sequer tentou disfarçar que o filme todo é uma desculpa mal-amanhada para uma onda de destruição e uma autêntica orgia de computorização gráfica, com o único objectivo de limpar a nossa carteira e engordar os lucros de bilheteira.